(O = olo = Senhor / Dé = flecha / Senhor da flecha)
Dia Votivo: Quinta-Feira
Cor: Azul celeste
Sacrifício: Bode, porco, codorniz, perdiz, galo, galinha de Angola, pombo e caça em geral.
Comidas: axoxó, uadúm, anderé e ekó.
Adornos: ofá, irukerê, capacete, currimbós (chifres), capanga, couraça, e braceletes.
Ervas: são gonçalinho, goiabeira, carqueja, araçá, akokô, ode akoxú, etitaré (minieiria), Igabá aja, Bujê (jenipapo)
Fala Odé
As pessoas deste odú, apresentam um comportamento relativamente agitado, alguns em menor outros em maior proporção, dedicando-se a várias coisas ao mesmo tempo.
A curiosidade e o desejo de bisbilhotar nunca os abandonam. Apresentam um certo comportamento tranquilo e concentrado, puramente ilusório. São inquietos e estão sempre em busca de algo, que nem sequer eles, muitas vezes, sabem o que é.
Conquistadores de simpatia e fáceis de se fazer querer, predicativos por eles mesmos quebrados, dado o carácter oscilatório que os caracterizam. Gostam de auxiliar, e fazem-no com prazer, especialmente quando no exercício da prática caritativa lhes seja dispensado o reconhecimento que eles crêem que merecem.
Adoram investigar e conseguem penetrar geralmente, no que se propõe. Possuem mente activa, fértil, nela se apoiam, para se salvaguardarem. Lutam pelos seus direitos e conquistas, mas, acomodam-se quando no decurso encontram obstáculos.
Estão vocacionados profissionalmente aos trabalhos que lhes dêem liberdade de acção. Nas uniões, se harmonizam com os filhos de todos os orixás, no havendo persistência, dada a sua propensão natural. Acostumam-se a faltar com a sinceridade. São frustrados por índole, pois herdam do seu Orixá, a ambição de serem detentores do Obixé Lenim, que somente o Orixá Oxum detém. Por isso, mesmo existindo uma certa afinidade entre os filhos de Odé com os filhos de Oxum, sempre haverá algo que os afaste, tornando-se algumas vezes ferozes inimigos.
São inteligentes, hábeis, discretos e simpáticos, porém imprudentes e sonham sempre com uma vida em contacto com a natureza. Emitem conceitos, gostam de ideias e assuntos novos, de mudanças, se mostram bem activos e versáteis. Tem como fortes aliadas em suas realizações as Yiagbás, encontrando muito apoio nos filhos de Iemanjá e esporadicamente Ogum.
Os filhos de Odé tem possibilidades de honra, riqueza e longa vida caso suplantem a acentuada inclinação para a marginalização e o viço. Devendo se precaverem contra o uso de drogas, roubos e trapaças.
Odé é o senhor das florestas, o grande caçador que vive nas matas, protector de todos os que fazem das plantas e da caça seu meio de sobrevivência. É glorificado como Rei de Kuetu.
Este enigmático Orixá tem predilecções por tudo que é livre, não suportando a clausura, tanto que na maioria de suas qualidades, tem os seus amuletos ao ar livre, possuindo estreita ligação com o Orixá Ossãe e outros, que assim como ele, fazem do ar livre, seu habitat preferido.
Em sua dança, quando manifestados, ele simula os movimentos de um caçador, que busca atingir uma caça imaginária. Com postura atalaia, sustentando em uma das mãos um arco e flecha e na outra um chicote, caracterizando bem o senhor das florestas