(Senhor da Terra)
Dia votivo: Segunda-feira
Cor: preto e branco (qualidades mais velhas) ou vermelho, preto e branco.
Sacrifício: Bode, porco, galo, pato, galinha, Guiné e pombo.
Comidas: Doburú, aguidí, latipá, eunjé e ekó.
Ervas: aloé vera, sete sangrias, canela de velho, kitoko, fedegoso, tipim, relógio, pata de vaca.
2 Búzios abertos 14 fechados: Tobirissá – Fala Omolú
As pessoas que detêm este Odú são enérgicas e, em alguns caso, pouco moderadas, dependendo do acompanhamento que Omolú traga em cada cabeça.
São de temperamento forte, decididos, curiosos, pesquisadores por natureza, só pondo crença no que eles possam compreender; desconfiados, se revelam óptimos colaboradores, quando tem total liberdade de acção. São um pouco desordenados com relação as finanças, ainda que gostem de prevaricarem com relação ao futuro. Gostam de viver o presente com todas as energias; seu magnetismo se identifica com o elemento terra, ainda que, dificilmente venham a trabalhar com ela.
As pessoas baixo a influência deste Odú estão sempre buscando coisas novas, gostando de reformas em todos os sentidos. Se ligam muito as coisas materiais, ao prazer, ao dinheiro, usando-o, entretanto desordenadamente, na grande maioria das vezes, na aquisição de seus objectivos.
Espiritualmente são excelentes médiuns, porém a sua permanência está acondicionada ao tempo limite, quando na realização de seus objectivos. Atitude esta que se perdura, nos distintos sectores de suas vidas.
Quanto as uniões, em todos os sentidos, os filhos de Omolú se harmonizam bem com os filhos de Iemanjá, Oiá, Ogum e, esporadicamente, Oxum.
Os filhos de Omolú, dado ao permanente carácter oscilatório, pode emergir em suas vidas também, a parte negativa do Odú, se tornando melancólicos, preguiçosos, sem energia, ambiciosos, crendo-se donos e senhores da verdade. Caso não ocorra uma imediata interferência do deus subsequente, para patentear o positivo, a pessoa é levada ao vício, ao roubo e até ao crime: tragédias passionais ou suicídiomania, fazendo-se crescentes pelos fluidos deste Orixá, quando estão ligados a negatividade deste odú.
Omolú é um dos Orixás mais respeitados e temidos pelos membros da religião, ocupando especial destaque, independente da condição de ser ou não, o patrono do candomblé. Se impõe tanto que, ao ser proferida sua evocação, todos os membros em geral, tocam o solo com as pontas dos dedos, levando-os a cabeça, em sinal de respeito e submissão.
Omolú detém o comando sobre todas as doenças, podendo por tanto, faze-las emergir bem como execra-las, razão esta, que lhe é atribuído o título de “médico dos pobres”. Sua ligação com o elemento terra e com os mortos ao mesmo tempo, dá-lhe múltiplo domínio, o que nos faz amar e respeitar a este Orixá.
Se apresenta quando manifestado, como uma divindade austera e com porte de líder, com movimentos rápidos e com postura erecta, logo depois assumindo a condição de ancião débil e de passos inseguros. Em ambas aparições, ele é carinhosamente chamado de “O Velho”.
Omolú é filho de Nanãm com Oxalá, e foi adoptado por Iemanjá quando sua genitora o abandonou a beira do mar, dados inúmeros problemas de saúde que este tinha quando nasceu. Facto este, que o fez crescer com grande complexo, até que Oiá o fez ver que tinha o brilho do mesmo sol, sendo chamado a partir deste momento de “Xapanãm”.
Existe uma divindade chamada de Iá baím, que participa dos fundamentos de Omolú, inclusive, está estreitamente relacionada com algumas qualidades deste deus; creio que devido a semelhança dos elementos que há entre Iá Baím y Nanãm, como de suas características também, em algum ponto chegam a confundir-se.